O trabalho busca analisar sobre como se deu o emprego da linguagem neocolonial em edifícios cívicos de Cuiabá, construídos no final da década de 1930 e durante a década de 1940, como fruto de políticas do governo Vargas durante o regime conhecido por Estado Novo. Para isso, foi realizada a análise do movimento neocolonial desde sua gênese e, sobretudo, sua proposta de ruptura em relação a arquitetura eclética, em oposição ao uso de estilos importados e de busca por uma arquitetura nacionalista, responsável por justificar suas características arquitetônicas. Em Cuiabá, foram encontrados edifícios que utilizam o neocolonial em um estágio de simplificação, com supressão dos elementos decorativos e com incorporações de atributos do chamado estilo missões, além da mesclagem de elementos de outros estilos. Em sua maioria, as edificações aparentam uma preocupação maior com as questões funcionais e buscam resolver a estética do edifício com jogo de volumes operado principalmente pela presença de varandas e arcos. Através desta análise foi possível perceber algumas diferenças entre o neocolonial presente nos edifícios de Cuiabá e aqueles construídos durante a década de 1920 nos grandes centros, a principal delas seria o abandono da carga ideológica original do movimento na arquitetura do início do século XX.
Pedro P. Palazzo
Coordenador do projeto
- Universidade de Brasília
- Website
- ORCID
- CV Lattes
- Ciência Vitæ
- ResearchGate
You May Also Enjoy
Iniciação científica e tecnológica 2023–2024
less than 1 minute read
Em execução
A casa corrente de 40 palmos (± 2): um tipo português da idade liberal
2 minute read
Um tipo de casa de morada vernacular do século XIX português que representa uma transição espontânea desde soluções mais antigas, produzida por agentes inser...
Iniciação científica FAPDF 2022–2023
less than 1 minute read
Planos finalizados
Modernidade tradicionalista na arquitetura cívica de Cuiabá na era Vargas
less than 1 minute read
A arquitetura do Estado Novo em Cuiabá apresenta uma diversidade de estilos e expressões plásticas que chamamos de “modernidade tradicionalista”.